Entre os dias 21 e 23 de Fevereiro
foram vários os elementos da JSD que se deslocaram a Lisboa para o XXXV
Congresso do PSD. Este congresso decorreu no Coliseu dos Recreios e contou com
a presença de 15 jotas vilacondenses, entre delegados e observadores.
O trigésimo quinto congresso da
história do PSD, com o slogan "Portugal, acima de tudo!" começou com
a projeção de um vídeo sobre os 40 anos do partido e a sua origem ideológica".
Na primeira intervenção do Primeiro-Ministro, Passos Coelho fez "contas ao
que se passou nos últimos dois anos" e disse que os governantes dedicaram
o melhor deles próprios a "salvar Portugal" da bancarrota.
"Foram tempos de muita exigência e de sacrifícios para todos",
admitiu. Lembrando que "o País foi mal governado durante vários
anos", o primeiro-ministro afirmou que "a bancarrota e o processo de
ajustamento que se lhe segue, nunca pode ser um processo justo" e anunciou
"que já temos um ano de reserva, para nos sustentarmos sem nos
financiarmos externamente".
Além da habitual discussão política
sobre questões internas e sobre o País, este congresso serviu também para
lançar as comemorações dos 40 anos de democracia em Portugal (25 de abril) e 40
anos do PSD (6 de maio). O segundo dia de trabalhos, que terminou já perto das
3:30, ficou marcado pela presença de quatro ex-líderes do partido, três dos
quais de forma inesperada: Luís Filipe Menezes, Marcelo Rebelo de Sousa,
Marques Mendes e Santana Lopes, o único que tinha manifestado a intenção de ir
ao Congresso. Primeiro foi Menezes, que justificou a sua presença no Coliseu
dos Recreios para dar a cara pela derrota autárquica no Porto. Depois, foi
Marcelo Rebelo de Sousa que alegou ter ficado comovido ao ver o Congresso pela
televisão e não resistiu a marcar presença na reunião em que se assinalam os 40
anos do PSD. Falou perto de uma hora e levou ao rubro o Coliseu, que o aplaudiu
de pé por diversas vezes, enaltecendo a liberdade que caracteriza o partido. Depois
do jantar, surgiram no Coliseu, quase em simultâneo, Marques Mendes - que não
falou aos congressistas, mas disse aos jornalistas que Marcelo podia estar
`relançado` para Belém - e Santana Lopes, também muito aplaudido quer quando
atacou os críticos internos como quando pediu ao primeiro-ministro uma atenção
especial à saúde. Mais previsível foi o anúncio, uma hora depois, da escolha de
Paulo Rangel para encabeçar a lista da coligação às europeias.
O XXXV Congresso do PSD elegeu os
novos órgãos nacionais do partido: a Mesa do Congresso, o Conselho Nacional, a
Comissão Política Nacional, o Conselho de Jurisdição Nacional e a Comissão
Nacional de Auditoria Financeira.
A sessão de encerramento do
Congresso, com a proclamação de eleitos e o discurso de encerramento do
presidente do partido e primeiro-ministro Pedro Passos Coelho contou com a
presença de Paulo Portas, líder do CDS e vice-primeiro-ministro.
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